Meirelles, do Banco Central - seria o candidato de Lula!
Evidente que os motivos que levam uma pessoa a enfrentar desafios, situações de risco e vicissitudes são infinitas. Como diria Lima Duarte, nosso eterno "Zeca Diabo", os recôndidos da alma humana guardam segredos insondáveis - talvez a vaidade seja o menos insondável. No caso de Henrique Meirelles, consagrado no mundo dos negógios - chegou a presidente de um grande banco americano - ao retornar para sua origem (?) foi consagrado como o deputado federal mais voltado pelo Estado de Goiás. Ainda assim, mesmo filiado e eleito pelo PSDB, não se quedou ao convite do presidente para compor o governo petista. Acredita-se que sua condição de economista (?), homem de negócios - certamente afeito a grandes desafios, situações de riscos e até mesmo vicissitudes - deve ter sopezado os prós-e-contras ao abandonar o mandato de deputado federal, desfiliar-se do partido político que o acolheu fornecendo-lhe a legenda, para enfrentar os desvãos que um governo de esquerda prenunciava. Não há como ignorar o seu despreendimento e até mesmo reconhecer no seu gesto como manifestação de civilidade e espírito publico - revelando sua disposição de contribuir com seu conhecimento e experiência profissional na busca da melhor administração da economia e finanças do país. Mas, de tudo isso, não podemos desprezar a sua vaidade pessoal e vontade de tornar-se um homem público reconhecido - por sua inteligência, capacidade e despreendimento pessoal, voltados para os interesses nacionais. Logo adiante, no transcorrer da sua administração frente ao Banco Central, ficava claro que impôs algumas condições de trabalho para aceitar o cargo - sendo aceitas, de forma incondicional, pelo presidente eleito. Ainda que tenha contato com ambiente externo favorável, num mundo globalizado e com peculariedades que favoreceram os países emergentes, o êxito da sua administração encontra-se indissociável do seu prestígio e capacidade gerencial. Então como entender a sua aceitação - ou, seria imposição ? - em participar de uma pantomina representada pela inoportuna, por contrapudente, discussão sobre a flexibilização da infração brasileira, sugerida pelo ministro Mantega. Sugere, que teria Henrique Meirelles, ao abandonar o mandato de deputado federal, apenas adiado seu projeto político - ou, simplesmente buscado um atalho - vislumbrando, diante do sucesso de sua administração, a possibilidade de ser o escolhido pelo petista para sucedê-lo na Presidência da República. Diante do quadro que se vislumbra e a falta de compromisso do atual presidente com os seus pares - aliado ao seu pragmatismo político - mesmo não contando com a simpatia do Partido dos Trabalhadores, que sempre o criticou e nunca reconheceu os seus méritos na condução do Banco Central, não haveria grande surpresa na candidatura situacionista do ministro Henrique Merelles, por mera conveniência e evidente falta de opção - pelo menos o petismo estaria representado pelo que houve de melhor no governo Lula!
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