Temor do 1º defunto!
Depois de quatro meses constata-se que as "manifestações pacíficas" - expressão muito usada pela mídia, como se qualquer ajuntamento de pessoas não causasse atropelo, apreensão e receio para o resto da população. Nesse período assistimos, também apreensivos, a reformulação dos procedimentos dos órgãos de segurança, particularmente a Polícia Militar, frente ao fenômeno social - distante da nossa realidade, mas não tão desconhecido que nos surpreenda. Já o assistimos em tempos pretéritos - lembram-se da passeata do "cem mil em direção ao Calabouço". Agora registramos essa mudança de comportamento dos órgãos de controle social do Estado (ente abstrato que nos garante viver numa sociedade organizada) - reclamada em prosa e verso, mas que de repente nos surpreende e assusta. Talvez porque decorra do temor de nossos governantes, diante da proximidade das eleições, produzir um defunto - como aquele do estudante Edson Luiz (?), na passeata dos "cem mil". Esse temor beira a frouxidão dos nossos dirigentes - não percebem que no caminhar dos fatos, os grupos radicais que vão tomando forma e corpo de "organização política" apresentam-se cada vez mais ousados e não haverá surpresa, se mais adiante, oferecerem "resistência armada" ao Poder Constituído - talvez aí seja tarde. Quiçá não ocorra apenas uma morte ou "derrota eleitoral", mas sim a derrocada da nossa democracia - ainda incipiente. O momento é de confronto - as "manifestações pacíficas" ficaram para trás - e cabe exclusivamente ao Poder Executivo tomar as rédeas do "controle social" e fazer valer a lei, para restabelecer a ordem - aliás, como um dever constitucional!
Nenhum comentário:
Postar um comentário