sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Vandalismo ou repressão policial

Reconheçamos:- por décadas vivemos sob a égide de um estamento de segurança pública que apostava na subjugação da população como instrumento de controle social. A partir de abordagens seletivas, sempre voltadas para as pessoas mais simples e regra geral realizadas sob protocolo inadequado. Até mesmo nos eventos esportivos - logo na entrada o espectador era (ou é) humilhado por uma "busca pessoal" em geral realizadas por verdadeiros "brutamonte". Já observaram que os policiais, particularmente os mais jovens, buscam se aproximar da figura do "mister universo". E os "confrontos", matreiramente registrados como "resistência com morte" (do cidadão, evidentemente!).

O atendimento nas delegacias fica a desejar a partir do registro da ocorrência - regra geral o ambiente é sinistro, pouco asséptico e a má vontade do agente é regra. Seria de observar que a melhora no atendimento não se traduz em aumento de  despesa ou aumento de pessoal  - sugestão feita pela OAB - Guarujá, por ocasião das Conferência da Segurança Púbica, obviamente não acolhida. Não há que se falar na qualidade do  serviço - suponho que os órgãos de segurança apostam no caos quando oferecem serviço de má qualidade, até parece que querem ter a população refém do medo. Não venham dizer que as más condições de trabalho e a baixa remuneração são os responsáveis por essa realidade. Nunca admitem que a baixa formação intelectual, vocação para o serviço policial e retidão de caráter nem sempre estão presentes no perfil do agente - sua prioridade é pegar a carteirinha e colocar a arma na cinta e sair por aí. No "bico" as condições de trabalho, na maioria dos  casos, são degradantes e ainda assim prestam serviço eficiente e de qualidade, pois do contrário o "português da padaria", o "empresário do bingo" ou o "dono do posto de gasolina"  os
dispensam - sem qualquer direito trabalhista.

Agora, diante das manifestações populares - na sua maioria ilegítima e sem representatividade - parecem "baratas tontas" quando questionados
sobre a truculência no controle de multidões (na maioria dos casos, apenas alguns gatos pingados). Preferem se acovardar - nem imagino um grupo quebrar a porta da delegacia e ficar impune!) onde esconderam o "poder de polícia" que os diferencia do cidadão comum. Vão lá no Código Tributário e encontrarão sua definição. Não concebo deixarem "dez jovens, debutantes em manifestações públicas, se assenhorarem do plenário de uma casa legislativa, sem que houvesse qualquer ação imediata do poder público, lamentavelmente também da justiça (com letra minúscula, mesmo !). Enquanto isso, ficamos na berlinda - sob o jugo de vândalos sem causa ou clamamos pela repressão sem limite. Por certo haveremos de encontrar uma terceira via - bem mais democrática, mas não aquela recomendada pelo Barroso!

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