Veja, é o nosso babalorixá!
Age assim, como um protetor - um guia para a nossa tenra democracia. Na ausência de uma oposição - digamos vocacionada – é a revista semanal, que desde o primeiro momento tomou partido em defesa dos valores democráticos básicos. Munida desse ideário, ungida pela firme disposição de sua direção e contando com um grupo de profissionais qualificados - verdadeiros jornalistas - vem contribuindo para que uma aparente normalidade democrática não se personifique num regime autoritário. Muitas vezes tem evitado a adoção de medidas de força - leia-se arbítrio - tão a gosto da orientação política que hoje governa o país. Praticamente sozinha, não só resiste ao desalento que toma conta da nação, como ainda ombreia-se com os poderes da república, impondo-lhes limites - recentemente freou o STF de seu ímpeto corporativista - quando não pautando os seus atos. Nada menos que cinco ministros do atual governo foram defenestrados a partir de fatos criminosos noticiados (denunciados) em suas páginas. Reconheçamos, nos últimos anos é a Veja que tem olhado por nós - como guardiã dessa democracia que há de se fortalecer e prosperar, apesar do populismo (irmão siames da corrupção) desenfreado que insiste em nos controlar e impor um ideário não democrático. Definitivamente, não compatível com a liberdade de expressão, a livre iniciativa e possibilidade de escolha de seus representantes sem ingerência da administração pública.
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