Vale sob o jugo do governo
A autonomia demonstrada pela direção da Vale quando instada pelo presidente petista a investir em siderurgia - negou-se a invadir atividade de seus clientes. A par disso, a Vale também não quis se engajar na aventura que o governo propunha e - manter pleno emprego durante a crise econômica mundial. Novamente com profissionalismo, sua direção preferiu atender os interesses de seus acionista, já que perdia parcela significativa de suas exportações de minério. Logo depois, o governo petista, numa atitude revanchista, investia contra a figura do presidente da empresa tentando destitui-lo - não só através dos fundos de pensão, acionistas da Vale, como do grupo Eike Batista que se oferecia, com aval do BNDES, para adquirir ações sob custódia do Bradesco PAR. Galhardamente, o banco resistiu à propostas mirabolantes e manteve - não só as ações da Vale, como também preservou a figura do seu presidente. Agora, quando a Vale tenta diversificar suas atividades - sem perder o foco da mineração - busca adquirir o controle da Cimenteira Cimpol, de capital português, depara com a intervenção da "mão de gato" do governo petista, intervindo para conduzir o negócio em favor da Camargo Corrêa. Ainda que isso custe a concentração da produção de cimento e inviabilize a expansão dos negócios de uma empresa genuinamente nacional, saudável e bem administrada - ainda que privatizada!