Mortes em cruzeiros marítimos, uma questão de saúde pública
Quem diria: cruzeiro marítimo tornou-se uma atividade de alto risco. Por alguma razão o sonho de uma agradável e inesquecível viagem de navio vem se tornando motivo de preocupação. Apenas na atual temporada, nada menos que quatro passageiros vieram a falecer, por causas variáveis, durante cruzeiros em navios de companhias estrangeiras. Ultimamente essas empresas realizam verdadeiro périplo pelos portos nacionais durante o verão na busca de passageiros ávidos pela experiência. Por certo a grande aglomeração de pessoas, alguns navios recebem mais de dois mil passageiros por viagem, não pode ser descartada como a causa de alguma dessas mortes - outros motivos podem estar relacionados com a origem e o comportamento extravagante de algum passageiro. Observo, da sacada do apartamento, a chegada e a partida desses navios e o reduzido tempo de sua permanência no Porto de Santos pode não estar sendo suficiente para a realização de uma higienização completa e perfeita - os navios chegam, em geral à noite ou pela manhã, e no final da tarde seguinte já estão zarpando outra vez. O assunto não se restringe à esfera policial, diante da reiteração das mortes, trata-se de um problema de saúde pública - cabe ao Poder Público intervir, realizando a necessária fiscalização e acompanhamento.
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