sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Presidente é um mau conselheiro

Pelo andar da carruagem o assalariado-consumidor não levará a sério o conselho do Presidente da República - não levar em conta que a crise econômica é seria e continuar consumindo desbragadamente. A vida pregressa do conselheiro nos permite concluir que o raciocínio desenvolvido pelo ex-sindicalista, além de simplista, decorre da experiência de um assalariado que nunca esteve na iminência de ser despedido - pelo menos nos últimos 30 anos. Basta lembrar que ele conheceu sua atual mulher quando já estava instalado na secretaria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Depois disso conviveu apenas com uma sucessão de vitórias - mesmo nas derrotas teve garantida a estabilidade no emprego, pois nunca perdeu o status de sindicalista, tampouco viu-se na contingência de voltar para a linha de montagem. Infelizmente, o trabalhador que seguiu o seu conselheiro agora se defronta com o fantasma do desemprego - essa possibilidade é real!

Prefeita Antonieta sinaliza seu caminhar

Poucos eleitores haveriam de ignorar que a prefeita Antonieta, recém empossada na Prefeitura de Guarujá, teve sua trajetória política ligada à doutrina progressista da Igreja Católica e ao petismo. Também é do conhecimento de seus eleitores, como é o caso do missivista, que por razões estritamente pessoais deixou as fileiras do Partido dos Trabalhadores e deu seqüência à sua exitosa carreira política nas hostes peemedebistas. As pessoas que a conhecem mais de perto, sabendo do seu caráter e personalidade, particularmente religioso/político/ideológico, adiantavam sobre as dificuldades que iria enfrentar para compor o seu governo diante da (digamos) idiossincrasia que domina a maneira de pensar e forma de agir dos seus atuais correligionários - diga-se de passagem, que a levaram à vitória. Antes de completar um mês no cargo de prefeito e diante das primeiras dificuldades de realizar o seu programa de governo, face a conhecida "terra arrasada" dos cofres municipais, dona Antonieta - além de rezar, evidentemente, já que sua fé é por demais conhecida - aventa a possibilidade de socorrer-se do Presidente da República, seu antigo "companheiro petista". Talvez não lhe tenha ocorrido que seu partido atual (PMDB) compõe a base do Governo Estadual e considerado a primeira instância a ser buscada para solucionar as dificuldades imediatas do município. A precipitação da sua postura, leva a supor que - bem antes do que se esperava - aguarda apenas um aceno de solidariedade para retornar ao "ninho antigo". Pelo rol de nomeações no DOM, a alcaide está encontrando sérias dificuldades (ou seria constrangimento) para lançar mão de "antigos companheiros" e com isso romper as barreiras, que certamente a inibem de caminhar, no sentido de "bem governar".

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"Dunga" - surpreende mais uma vez

Como apreciador do bom futebol - coisa rara nos dias de hoje - não posso deixar de manifestar minha indignação pela não convocação do meio-campo Ernane. O técnico Carlos Caetano é mesmo surpreendente - ou seria má-fe. Como pode desprezar o craque sãopaulino, jogador completo na acepção do termo, em prol de três ou quatro "cabeças de bagre". Sem dúvida, "Dunga" faz jus ao apelido, no seu sentido explícito.

Mortes em cruzeiros marítimos, uma questão de saúde pública

Quem diria: cruzeiro marítimo tornou-se uma atividade de alto risco. Por alguma razão o sonho de uma agradável e inesquecível viagem de navio vem se tornando motivo de preocupação. Apenas na atual temporada, nada menos que quatro passageiros vieram a falecer, por causas variáveis, durante cruzeiros em navios de companhias estrangeiras. Ultimamente essas empresas realizam verdadeiro périplo pelos portos nacionais durante o verão na busca de passageiros ávidos pela experiência. Por certo a grande aglomeração de pessoas, alguns navios recebem mais de dois mil passageiros por viagem, não pode ser descartada como a causa de alguma dessas mortes - outros motivos podem estar relacionados com a origem e o comportamento extravagante de algum passageiro. Observo, da sacada do apartamento, a chegada e a partida desses navios e o reduzido tempo de sua permanência no Porto de Santos pode não estar sendo suficiente para a realização de uma higienização completa e perfeita - os navios chegam, em geral à noite ou pela manhã, e no final da tarde seguinte já estão zarpando outra vez. O assunto não se restringe à esfera policial, diante da reiteração das mortes, trata-se de um problema de saúde pública - cabe ao Poder Público intervir, realizando a necessária fiscalização e acompanhamento.

Nova América está sendo vendida para o Grupo Cosan

Proposital ou não, a imprensa local e regional têm ignorado o efeito da atual crise econômica no principal grupo empresarial da região. Certamente pela primeira vez desde sua criança, o Grupo Nova América está em vias de sofrer profunda alteração no seu controle acionário - a imprensa noticias que outro grupo sucoalcooleiro, a Cosan, com sede em Piracicaba, estaria adquirindo o principal segmento do grupo Nova América, a cultura da cana-de-açúcar, produção e comercialização, inclusive como exportadora, de açúcar e álcool. Por certo essa transferência acionária trará efeitos para as cidades de região de Assis, não só no aspecto econômico, particularmente do emprego, como também cultural, esportivo e educacional, por ser conhecida a preocupação da Nova América na área social. Basta lembrar que essa intervenção conduziu o então Distrito de Tarumã, à sua emancipação - tornando-se então o município sede do Grupo Nova América. Mas, nem por isso, a Família Rezende Barbosa perderá sua condição quase nobiliarca, já que detém outros empreendimentos de vulto - basta lembrar antiga Fazenda Campanário, no Mato Grosso do Sul, com seus 18 mil alqueires (iniciais), cujo projeto previa a formação de1.000 alqueires por ano e, também, a extensa plantão de frutas nas margens da Rodovia Castelo Branco. Ainda assim, a região amargará o dissabor de assistir a desagregação econômica do poderoso grupo empresarial - com a conseqüente perda de sua influência política nos municípios que a compõem, seus candidatos a prefeito de Tarumá sempre foram imbatíveis.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Político corrupto foi ignorado

Ao ignorar o político corrupto Romildo Rosa, do capítulo final da novela "A Favorita", o autor João Emanuel Carneiro, apenas sugeriu o tratamento ideal para todo político envolvido em corrupção. Imaginem os petista José Dirceu, João Paulo Cunha (aquele deputado de Osasco), José Genuíno e o senador Azeredo, do PSDB/MG, além de outros, sendo igualmente ignorados pela imprensa e, principalmente, pelos eleitores. Certamente o quadro político nacional estaria sendo defenestrado de figuras execráveis - assim como aconteceu com o personagem vivido pelo ator Milton Gonçalves.

A extravagância da ministra Dilma

Tal qual José Dirceu, seu "companheiro de armas", a ministra Dilma Rousseff busca, através da cirurgia plástica e adereços, outra identidade. Mas, ao contrário do seu antecessor na Casa Civil, Dilma busca ser identificada e reconhecida pelos eleitores como uma pessoa agradável - talvez simpática - qualidades que definitivamente não ostenta. Com isso, talvez consiga até mesmo angariar alguns votos, mas certamente não conseguirá eliminar da sua personalidade e caráter traços pessoais sobejamente conhecidos - a arrogância, prepotência, intransigência (ainda a falta de educação) marcas indeléveis do autoritarismo que carrega dentro de si - além da antipatia que não faz nenhuma questão de camuflar.

Acontece que Battisti não negou os crimes

A Carta ao Leitor - da revista Veja - admite que Tarso Genro pode estar certo ao conceder "asilo político" ao italiano Battisti - diante da fragilidade das provas, fundada nas palavras de um delator arrependido. A revista apenas não observou que o acusado não repudiou, de forma enfática, as acusações. Ao contrário, parece jactar-se das suas atividades consideradas criminosas pela justiça italiana - ainda fica lisonjeado quando é reconhecido como ex-militante de grupo terrorista. Por isso, a justificativa encerra exclusivamente a simpatia do governo petista por ações desse gênero - basta lembrar o "caso Medina", integrante das Farc, também protegido sob pretexto humanitário.

Oportuna a lembrança Gilmar Mendes, mas...

Imprescindível a independência do Poder Judiciário, como garantia do jurisdicionado - como bem disse o ministro Gilmar Mendes, em artigo no "Estadão" - mas, também importante é a confiança nos Magistrados. Refiro-me à confiança advinda do respeito pela reiteração na prática de atos equânimes - de verdadeira justiça. Por isso, causa preocupação, não só o seu distanciamento do cidadão, como a sua despreocupação com o conceito (no sentido de avaliação dos seus atos, enquanto distribuidor da justiça) pelos jurisdicionados - uma postura de superioridade, que pode resvalar para arrogância e se aproximar da prepotência.

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