PM é uma temeridade
Mais uma vez a Polícia Militar do Estado de São Paulo demonstra dificuldade para tratar de situações extremas - particularmente, quando as circunstâncias exigem transparência na sua intervenção. Basta observar o episódio que se desenvolve na cidade de Santo André, onde o jovem Lindenberg mantém há dias sua ex-namorada como refém no interior de um apartamento do conjunto da COHAB. Antes as reféns eram duas adolescentes, mas uma delas foi liberada no transcorrer da ocorrência pelo indigitado raptor. Hoje, surge a notícia que a Polícia Militar, através de negociação com o criminoso, acabou cedendo às sua exigências e permitiu que a adolescente liberada retornasse para o interior do apartamento. Os familiares da moça afirmam que não autorizaram tal procedimento, por certo o desconheciam. Evidente que a adolescente foi exposta novamente ao perigo desnecessariamente - consta que havia a promessa do meliante se entregar na companhia das duas moças. O ECA prevê como crime submeter criança e adolescente a a constrangimento ou situação vexatória - quiçá exposição a perigo dessa magnitude. Com a palavra o Ministério Público Estadual - mas nada impede que a Autoridade Policial da área adote providências no âmbito de suas atribuições de Polícia Judiciária.
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