É o presidente de fato, costuma dizer o meu filho. Alguns podem não reconhecer seus méritos, outros recriminam seus métodos de intervir no mercado e conduzir a política econômica do governo petista - felizmente, o reconhecimento pelo resultado do seu trabalho alcança um rol cada vez maior de admiradores. Evidente que decorre da sua longa experiência no mercado de capitais, mas já demonstrou suficiente tino político para suportar as críticas e ao se impor à mediocridade petista obtém dividendos e credibilidade para alçar vôos mais altos. Pelo andar da carruagem, caso a economia brasileira consiga transpor, suponho tratar-se de nome com suficiente expressão para fazer frente ao favoritismo do Serra. Por outro lado, não creio que o PT tenha discernimento, tampouco despreendimento, para tê-lo como seu candidato - talvez o PMDB, num gesto de racionalidade política, pudesse atrai-lo como estrutura partidária e compor uma chapa viável, onde o candidatura a vice surgisse de outra sigla, também com alguma representatividade e potencial de voto. Pelo menos assim, poderíamos consignar como opções válidas, como candidatos à presidência de república, dois homens inteligentes e íntegros, perfeitamente aptos a exercer o cargo com competência e dignidade!
No mínimo infeliz a declaração do coronel-PM. Primeiro, talvez ignorar a disposição do seu filho tornar-se um mártir. Depois, interessante saber a idade do seu filho? Sendo criança ou adolescente , mesmo na condição de pai e policial, sua vontade estaria sob o jugo do ECA. Oportuno lembrar e refletir:- *o pai tem deveres, direitos e poderes sobre o filho, mas não pode tudo - o policial também!
Hipoteticamente falando, caso houvesse a possibilidade de vislumbrar um aspecto -*/ digamos positivo /*- do confronto entre a Polícia Militar e Polícia Civil, poderíamos encontrar o fim da conivência implícita no dia-a-dia das corporações. De imediato confirma que a unificação das polícias criaria um monstro incontrolável -*/ aliás, esse monstro já existe e é representado pela Confederação das Polícias Militares do Brasil, que congrega mais de 500 mil homens armados /*- e a dualidade mantém, como vimos agora, um sistema de contrapeso, que protege a sociedade. Sabemos agora, através de pronunciamentos pela imprensa, que o confronto às portas do Palácio dos Bandeirantes servirá de marco na relação entre a Polícia Preventiva e a Polícia Repressiva - */a Polícia Civil promete apurar qualquer tipo de arbitrariedade e/ou abuso de poder que detecte na conduta da Polícia Militar/* - no que diz respeito à apresentação e encaminhamento das ocorrências policiais. Supõe-se que a partir de agora, a promiscuidade eventualmente existente entre os integrantes das duas organizações policiais deixará de existir. Por outro lado, sugere que após a apresentação das partes na Delegacia a Polícia Militar não mais acompanhará a oitiva dos envolvidos - */permitindo que as versões sobre o fato sejam livremente cotejadas/* - e o encaminhamento das ocorrências, como acontece hoje. Certamente, com essa inovação no proceder, a sociedade ganha uma nova concepção de Segurança Pública, onde Polícia Civil e Polícia Militar agirão com verdadeiro profissionalismo, despertando maior grau de confiança da população, mais respeitadas e, quem sabe, melhor remuneradas!
Mais uma vez a Polícia Militar do Estado de São Paulo demonstra dificuldade para tratar de situações extremas - particularmente, quando as circunstâncias exigem transparência na sua intervenção. Basta observar o episódio que se desenvolve na cidade de Santo André, onde o jovem Lindenberg mantém há dias sua ex-namorada como refém no interior de um apartamento do conjunto da COHAB. Antes as reféns eram duas adolescentes, mas uma delas foi liberada no transcorrer da ocorrência pelo indigitado raptor. Hoje, surge a notícia que a Polícia Militar, através de negociação com o criminoso, acabou cedendo às sua exigências e permitiu que a adolescente liberada retornasse para o interior do apartamento. Os familiares da moça afirmam que não autorizaram tal procedimento, por certo o desconheciam. Evidente que a adolescente foi exposta novamente ao perigo desnecessariamente - consta que havia a promessa do meliante se entregar na companhia das duas moças. O ECA prevê como crime submeter criança e adolescente a a constrangimento ou situação vexatória - quiçá exposição a perigo dessa magnitude. Com a palavra o Ministério Público Estadual - mas nada impede que a Autoridade Policial da área adote providências no âmbito de suas atribuições de Polícia Judiciária.
Repetir que a unanimidade é burra, penso não ser suficiente para descrever os males que a candidatura única pode produzir para um município. Suponho, que o pensamento único, salvo as associações secretas, pelos valores que as orientam, não seria recomendável para nenhuma organização democrática. Além de produzir o efeito "manada" - no sentido de que todos vão para um mesmo lado - a pseudo unidade acaba inibindo o surgimento de novas lideranças e outras formas de pensar. E, por outro lado, muitas vezes permitem o ressurgimento de lideranças superadas na de formas de agir e obsoletas no seu perfil político adotado - em algumas situações impregnadas de malfeito. Isso, não nos permite esquecer que o caminho percorrido pela candidatura única vai deixando um vazio, não só de novas lideranças, mas também de idéias - resultado da ausência do contraditório ou do confronto de alternativas na maneira de gerir o destino de uma comunidade. É lamentável não ver surgir de uma eleição nenhuma personalidade nova, mas sim ver ressurgir figuras em geral perniciosas, não só para o convívio social, mas principalmente para o destino de uma cidade e bem estar do seu povo - permitindo que alcem vôos mais altos, simplesmente pela ausência de opções. E uma pena!
Na semana passada o Banco Central anunciou que colocaria a disposição do mercado bancário até 100 milhões de dólares das reservas, para fazer frente a escassez de crédito. Agora, leio que o BC promete ampliar o crédito dos bancos em dificuldades. Como se pode perceber as reservas decantadas pelo petismo podem virar pó - antes mesmo de terminar o famigerado governo / sindicalista. Se com as reservas o futuro governo encontraria dificuldades para administrar as mazelas deixadas pelo atual governo - imaginem enfrentar o aumento das despesas sem poder contar com dinheiro em caixa. E não me venham mencionar o propagado fundo soberano - é outra falácia do petismo!
Os bancos estatais, como o BB e a CEF, e os maiores bancos particulares, como o Bradesco, Unibanco e Itaú, "incentivados" pelo Banco Central anunciam compras de carteiras de créditos. O alvo são os bancos menores e a principal mercadoria são as carteiras dos créditos consignados - alguma coisa do crédito para compra de automóveis e imobiliário. Apenas omitem quais são os bancos que vendem essas mercadorias. Certamente essas casas bancárias passam por sérias dificuldades e buscam salvar os dedos, enquanto os anéis, que podem ser traduzidos no depósito de seus clientes - bem! esses que se danem!
Durante o primeiro turno, o presidente Lula participando de comício na cidade de São Bernardo do Campo, concitou os trabalhadores a exigirem aumento salarial. Segundo o líder petista, os empresários estavam acumulando altos lucros e tinham obrigação de dividir esse ganho com seus empregados. Logo em seguida as greves "pipocaram" em todos os segmentos da indústria automobilística - os empresários capitularam à fala do presidente. Agora, leio que os bancários não aceitaram a proposta de reajuste de 7,5%, feita pela Fenaban. Exigem aumento real de 5,0% e prometem deflagrar greve, em âmbito nacional, a partir de amanhã (quarta-feira). Evidente que o conselho / incentivo do presidente Lula foi útil, deu certo e está fazendo escola, desta vez sem hesitar os trabalhadores dos estabelecimentos de crédito (bancos e caixa econômica) também estão pegando nessa carona petista - aumento salarial já.