O proselitismo do coronel Paúl - PM do Rio de Janeiro
A princípio a situação parecia irreal, mas a intenção do coronel Paúl, então coregedor da PM do Rio de Janeiro, acabou revelada. Esse oficial, por ocasião da prisão de um grupo de PMs., surpreendidos quando saqueavam a carga de um caminhão de cerveja, ainda na condição de corregedor, tentou justificar a conduta dos policiais, afirmando que se tornavam alvo fáceis por serem mau remunerados. A impropriedade do comentário resultou no seu afastamento da Corregedoria da corporação, mesmo porque sua postura frente a uma conduta incompatível com a ética, decoro e código penal, foi de complacência, compreensão e solidariedade aos infratores, quando se esperava do corregedor, uma posição firme e enérgica, com vista a coibir e punir os autores de fatos como esse.
O irrealismo da situação não se resumiu ao comportamento do coronel Paúl e sua exoneração do cargo de confiança. Estranhamente, quase fazendo coro à irresponsabilidade do oficial, o comandado geral da PMRJ houve por bem designá-lo para a diretor de ensino da corporação. Ingenuidade ou irresponsabilidade? Não havia posto melhor para o coronel Paúl difundir seus conceitos e orientações - agora, seu proselitismo terá repercussão junto a tropa e será assimilado durante o periodo de formação dos novos policiais militares. No último domingo, coerente com sua tese e com a desenvoltura de um novo guru, tomou a frente da manifestação dos PMs do Rio de Janeiro reivindicando melhoria salarial. Quiçá está surgindo um candidato à assembléia legislativa - mais um lídimo representante da operava polícia carioca!
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