A médica exibe traços curiosos
Ao contrário da postura de seus colegas, também presos - que exibiam claro constrangimento diante da situação, seus olhares revelevam não só vergonha, como temor e disposição para o choro - a médica, responsável pela UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, mostrava um olhar distante, quase indiferente, não permitindo detectar desconforto aparente diante da prisão. Apesar dessa quase indiferença, também foi nos permitido observar que a médica revelava alguma insegurança - seus braços parcialmente distendidos, quase dobrados sobre o abdómen e andar claudicante - permitindo sugerir que se tratava de uma pessoa com algum grau de descompensação. Também o noticiado hábito de fumar, inclusive no seu ambiente de trabalho, poderia corroborar com a indicação de se tratar de uma profissional ansiosa, eventualmente dotada de certa intolerância com as regras e parâmetros no seu contidiano. Aliás, esse quadro é comumente encontrado em parecela significativa de fumantes, além do tremor e não saber bem onde por as mãos, quando ausente o cigarro. Com essas ponderações, suponho que não haverá surpresa no caso, mais adiante, o seu atual defensor da médica ( ou outro que venha sucedê-lo ...) , por
ora apenas indiciada pela prática de assassinatos, venha, em algum momento processual, invocar a avaliação psicológica de sua constituinte, através de "Incidente de Insanidade Mental". Registre-se desse mesmo favor legal, tudo indica que os demais envolvidos não poderão usufruir.