quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mensalão - a quem interessou

A discussão é oportuna - e foi o PT quem a provocou. A estratégia é antiga - quando acuado,  o petismo tenta se igualar aos demais partidos políticos. Ao tentar escamotear  "mensalão", argumentou que todos se utilizavam do "caixa-2" nas campanhas políticas. Agora propaga  que o "mensalão" começou em Minas Gerais, durante a campanha "tucana" para o governo estadual - coincidentemente, a acusação foi feita pelo mesmo publicitário que serviu ao PT. Oportuno lembrar aos petistas que em Minas Gerais o chefe do poder executivo foi apontado como principal interessado na compra de votos e responde ao  processo - ainda não julgado. Pelo menos por ora, não se tem notícia que o chefe do executivo federal, à época dos fatos, cujo governo foi beneficiado com a "compra de votos" no parlamento, ainda não foi convidado a explicar-se perante a Justiça. Espera-se que a isonomia reclamada pelo petismo seja reconhecida e seu grão-mestre, tal qual o "mensaleiro mineiro", no momento oportuno, venha a ser chamado a prestar conta e defender-se, como os demais envolvidos.

Lider de audiência!

Não se trata do livro de Walter Clark, mas sim das transmissões "ao vivo" das sessões do Supremo Tribunal Federal que nas últimas semanas cuida do julgamento da Ação nº 470 - não se deve  proferir o termo "mensalão" para não ferir suscetibilidades. Enquanto nossos craques, na música, letras e esportes, por razões mais variadas  já não conseguem mais despertar o interesse da população, surpreendentemente o povo elegeu seus novos heróis - de repente Joaquim Barbosa, Fux, Carmen Lúcia, Marco Aurélio, Rosa Weber, Ayres Brito, Gilmar Mendes, tornaram-se pessoas  do nosso convívio. Simplesmente por encarnarem o perfil de julgadores que todos nós desenhamos e através de seus votos refletirem as nossas expectativas de justiça. Definitivamente perderam
aquela aura de figuras emblemáticas, que julgavam segundo entendimentos distantes da nossa compreensão. Agora não: tornaram-se nossos servidores leais, cujos atos e ações estão a encarnar os valores e regras que sempre obedecemos e transmitimos a nossos filhos - muitas vezes sem consonância com aquilo que vivenciavam na sociedade. Definitivamente tornaram-se  nossos heróis e exemplos de comportamento que haverá de servir de parâmetro para o futuro desta nação. Regozijo-me ao ouvir dos sitiantes vizinhos, caboclos da melhor qualidade, comentários sobre o andamento desse julgamento, já não
duvidam mais que muitos acusados serão realmente presos e como qualquer pessoa do povo que cometa crime reiteradamente, cumprirão as penas encarcerados - não é sinal dos tempos, mas sintonia do STF, primeiro com a prova dos autos e depois com o anseio popular.

Haddad e seus trejeitos

Os marqueteiros, que já conseguiram transvestir petistas históricos como pessoas quase normais, agora,  no afã de eleger mais um poste, impõe ao candidato Haddad uma série de figurinos. Há duas semanas da eleição parece que ainda não conseguiram encontrar o  modelo ideal - com sua queda nas pesquisas, tudo indica que dificilmente encontrarão.  No início, para demonstrar uma juventude que seu rosto de pessoa bem criada já evidencia, mandaram que andasse feito um desmiolado, quase perdido entre os prédios, viadutos e avenidas da cidade. Depois apresentou-se como moço estudioso, bom filho, marido exemplar e pai estremoso. em sucesso, recentemente apareceu no perfil do protagonista da novela da Globo - deu pena vê-lo com o corpo arqueado, barba amanhecida, surgir  in close na tela da TV., enfurnado como se fosse um miura.  Evidente que houve excesso nessas pinturas, mesmo porque sua marca sempre foram os equívocos na gestão do ENEM e na cartilha conhecida como "kit-gay" - tudo indica que sua campanha naufraga e a derrota se pronuncia.

sábado, 1 de setembro de 2012

Mensalão oficializado

Nossas homenagens ao STF - condenações de mensaleiros e seus patrocinadores não só redimem o Brasil, como também lavam nossa alma. Contudo, nos parece que os métodos agora definitivamente desnudados (compra de parlamentares) acabaram oficializados através das emendas "ditas parlamentares" - mais correto seria dizer "particulares" - por servirem exclusivamente a seus interesses  eleitorais e não ao país. Não é à toa que o governo petista costuma liberá-las a macheias (sic) nas vésperas de votações de seu interesse no Congresso Nacional. Chegam ao cúmulo de estabelecer limites ou teto ao valor dessas emendas - como se fossem realmente compra ou retribuição de favores prestados. O momento dessa negociações é agora, por ocasião da elaboração e discussão do orçamento do próximo exercício - o número de cada bancada e sua fidelidade ao governo é que farão estabelecer o montante de emendas que caberá a cada um de seus parlamentares. Como de praxe acontece em negociações desse tipo, raramente essas emendas atenderão o interesse público - o vício de sua origem, em geral, a fará transformar em moeada de troca com os patrocinadores de campanhas eleitorais.Felizmente, já podemos apontar esse tipo de maracutaia, sem cometer injustiça!

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